terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Doce solidariedade

Como não ponho açúcar no café, estou a juntar pacotinhos dele (açúcar) para levar para o continente, daqui a dias.

Assim, calo a boca aos continentais que nos últimos dias têm dito que os açorianos não são solidários com o país, por causa da compensação salarial aos funcionários públicos regionais que ganham entre 1500 e 2000 euros.
É que para além dos cortes nos salários, os continentais também estão a braços com falta de açúcar.
Cada um faz o que pode...

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Incómodos e maçaduras

Incomodam-me as que não reagem.
Porque não dão luta.
Chateiam-me as que fogem de um assunto.
Por ser quase impossível confrontá-las.
Irritam-me as que assobiam para o lado.
Porque nunca é nada com elas.
Cansam-me as que andam à volta e não são capazes de dizer de uma vez ao que vêm.
Porque não olham de frente.
Espantam-me as que atacam violentamente sem olhar às consequências.
Porque não (se) sentem.
Chocam-me as que, um dia depois de atacar, agem como se nada se tivesse passado.
Porque esperam que seja tudo esquecido.
Transtornam-me as que fazem da hipocrisia, religião.
Porque se revelam falsas.
Maçam-me as que não têm, ou fingem não ter opinião.
Porque lhes falta espinha dorsal.
Constrangem-me as que acham que põem e dispõem.
Porque se revelam autistas autoritárias.
Enervam-me as que pensam que se pode viver de aparências.
Porque são ocas.
Entristecem-me as que não sabem ouvir.
Porque são casos perdidos.
Sim, falo de gente.
Essa gente.

domingo, 28 de novembro de 2010

Fracas imagens

Hoje em dia, qualquer caramelo compra uma Reflex digital.

Hoje em dia, qualquer pastel tem uma página ou espaço na net, onde publica as suas fotografias.
Hoje em dia, há tanto pseudo-fotógrafo...
Hoje em dia, encontra-se excelente fotografia na net.
Para lá chegar (à boa fotografia) é preciso no entanto, ver toneladas de merd@.
E tanta, mas tanta gente que acha que percebe alguma coisa da "poda".
Tudo tem direito à vida, não é?
Pois é.
Hoje em dia.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Ciclismo nas Cumeeiras

Do not

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Vote. Continue a votar

Um mês e meio depois, nos aviões da Sata Air Açores, ainda incentivam as pessoas: vote!

sábado, 23 de outubro de 2010

Menu sem Táxi

Hoje decidiu-se cá em casa, comer sushi. Da Casa Velha Sushi Bar. Em casa. Encomendado através do “Táxi-Menu”.

Telefonei para a empresa entre o meio-dia e a uma da tarde.

Encomendei sushi para as 8 da noite.

Disseram-me o preço, pediram-me um contacto móvel e a morada de entrega, com pontos de referência.

Tudo explicado, tudo acertado, não pensei mais no assunto.

Aliás, pensei. Pensei qualquer coisa do género “pela taxa de serviço que levam, vale bem a pena, para quem não quer sair de casa, encomendar comida ao Táxi-Menu”.

Não devia ter pensado.

À noite, como não íamos comer apenas sushi, fui para a cozinha. Lula (açoriana) grelhada para o jantar. O sushi estava agendado no meu menu como primeiro prato.

Chegaram as 8 e a lula praticamente pronta a comer.

Passaram 10 minutos e a lula pronta. Passaram 15. E 20.

E às 8h27, mais segundo, menos segundo, o meu “contacto móvel” dá sinal de vida.

Do outro lado, alguém do Táxi Menu a alertar para um “pequeno” atraso inesperado que iria fazer com que o sushi encomendado estivesse em minha casa às... 9 da noite.

Uma hora depois do que tinha ficado combinado ao meio-dia e meia (mais minuto, menos minuto).

Feitas as contas, o sushi iria chegar a minha casa pouco depois da hora da sobremesa.

Resultado: encomenda cancelada.

Ainda perguntei porque é que, apenas 27 minutos depois da hora combinada de entrega do sushi, telefonavam a dizer que havia um “pequeno atraso” de uma hora.

Levei com um pedido de desculpas, muitas desculpas e retorqui qualquer coisa como “isto para a primeira encomenda, é um excelente 'cartão de visita', não haja dúvida”.

Mais pedidos de desculpas.

Não sei a quem se ficou a dever o atraso: se ao Táxi Menu, se à Casa Velha Sushi Bar.

Mas fiquei sem sushi e sem grandes referências, quer do Táxi, quer do restaurante.

É pena.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Desta coisa de se morrer de forma “prolongada”

Nunca percebi esta mania ou pancada (ou panca, para alguns) de se morrer de “doença prolongada”.

Uma pessoa morre com sida, que não é propriamente uma doença, mas sim a falta de defesas para salvaguardar o corpo de uma doenciopédia, morre de ataque cardíaco, enfarte, acidente vascular cerebral, morre de susto, de insuficiência cardíaca, respiratória, cancro, leucemia, neuroblastoma, hepatite alfabeticamente identificável, morre de amor, sufocado no orgulho próprio, morre de tédio, de gripe A,etc., etc., etc..

Por estas e por outras (doenças) não percebo esta mania de, nas televisões, rádios e jornais, dizer-se que fulano morreu de “doença prolongada”.

Actualmente, quem nas televisões, rádios e jornais morre de “doença prolongada”, morre cá para nós, de cancro.

Sendo certo que não conheço estatística que o prove, ponho a mão no fogo (eu não disse de quem seria a mão).

E eu, sinceramente não percebo, que pruridos alguém pode ter, actualmente, num mundo cancerosamente cancerígeno, em dizer que alguém morreu de cancro. Cancro disto, cancro daquilo, espalhado até ali ou até tudo quanto era sítio, cancro fatal. Morreu. De cancro. Morreu.

Esta atitude das televisões, rádios e jornais era até compreensível quando se começou a morrer de cancro. Ou melhor, quando se soube que os cancros existiam e matavam.

Nessa altura, o cancro, quase como a sida (digo eu, pelo menos tenho essa ideia) era sinónimo de uma vida de excessos e asneiras sucessivas.

Mas...hoje em dia, continua a ser essa, a ideia?

Às tantas é. E eu não sei.

Isto de se morrer de “doença prolongada” é quase tão mau como morrer-se de “doença súbita”.

Antes não morrer.

domingo, 10 de outubro de 2010

O Neptuno anda por todo o lado

Aqui, no início deste século, apareceu em Peniche e eu vi-o (e fotografei

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Quereres

Onde queres revólver, sou coqueiro
E onde queres dinheiro, sou paixão
Onde queres descanso, sou desejo
E onde sou só desejo, queres não
E onde não queres nada, nada falta
E onde voas bem alto, eu sou o chão
E onde pisas o chão, minha alma salta
E ganha liberdade na amplidão

Onde queres família, sou maluco
E onde queres romântico, burguês
Onde queres Leblon, sou Pernambuco
E onde queres eunuco, garanhão
Onde queres o sim e o não, talvez
E onde vês, eu não vislumbro razão
Onde o queres o lobo, eu sou o irmão
E onde queres cowboy, eu sou chinês

Ah! Bruta flor do querer
Ah! Bruta flor, bruta flor

Onde queres o ato, eu sou o espírito
E onde queres ternura, eu sou tesão
Onde queres o livre, decassílabo
E onde buscas o anjo, sou mulher
Onde queres prazer, sou o que dói
E onde queres tortura, mansidão
Onde queres um lar, revolução
E onde queres bandido, sou herói

Eu queria querer-te amar o amor
Construir-nos dulcíssima prisão
Encontrar a mais justa adequação
Tudo métrica e rima e nunca dor
Mas a vida é real e de viés
E vê só que cilada o amor me armou
Eu te quero (e não queres) como sou
Não te quero (e não queres) como és

Ah! Bruta flor do querer
Ah! Bruta flor, bruta flor

Onde queres comício, flipper-vídeo
E onde queres romance, rock’n roll
Onde queres a lua, eu sou o sol
E onde a pura natura, o inseticídio
Onde queres mistério, eu sou a luz
E onde queres um canto, o mundo inteiro
Onde queres quaresma, fevereiro
E onde queres coqueiro, eu sou obus

O quereres e o estares sempre a fim
Do que em mim é de mim tão desigual
Faz-me querer-te bem, querer-te mal
Bem a ti, mal ao quereres assim
Infinitivamente pessoal
E eu querendo querer-te sem ter fim
E, querendo-te, aprender o total
Do querer que há e do que não há em mim

Caetano Veloso

sábado, 18 de setembro de 2010

Deus é “isto”?

Que Deus temos nós, afinal, que não nos acode?

Deus é quem, o quê, serve quem e o quê e quando?

Que Deus é este, que deixa ou faz ou não se importa com os nossos, a família, os amigos, os próximos, os que nos dizem alguma (muita) coisa e que desaparecem assim de repente, como se nada fosse e não nos interessasse?

Quem é o gajo que manda nisto, afinal?

Que Deus é este que se lembra de dizer “ah, tu agora ficas com um cancro (cancro é, de todas as palavras, talvez (de certeza) a mais feia que eu escrevo, leio e ouço, de todas as palavras da língua portuguesa) porque apetece-me dar-t'uma coisa destas, até porque o stock é grande.?

Que raio (sim, claro, a pergunta, a estúpida pergunta que todos nós fazemos em surdina, para ninguém saber ou perceber ou ouvir que também nós pensamos nisto) fazemos nós neste mundo?

“Ah”, diz Deus, desenrasca-t'agora que tens um organismo todo marado.

Mas afinal que merda é esta?

Olha, Deus, tu... sim tu, é contigo que falo (já que dizem que estás em todo o lado), se por acaso leres isto, vai à merda, ok?

Lembro-me e apetece-me dizer-te o que se dizia na minha terra: “vai brincar com a pilinha prá areia”, em vez de brincares com a vida das pessoas.

É que as pessoas, até prova em contrário, só tem uma vida.

Já pensaste, sequer, em desmistificar isto?

Afinal, morrer é o quê?

“Opá, opá”, a sério, toma juízo: deixa de brincar connosco, ok?

Afinal, qual é a tua ideia? Toma juízo, ok?

É que nós não andamos propriamente aqui a brincar com a vida, como se tivéssemos 7.

Julgas tu o quê, afinal?

(desculpa lá, mas tratar-te por “tu” não é (para mim) depreciar-te, ok?)

(poupa-me...)

Parvoniocracia

Sinceramente, eu não consigo perceber a atitude da “massa crítica” deste país.

A sério, não consigo.

Este país está de rastos, literalmente.

O problema está diagnosticado há muitos governos. Não é de agora. A despesa pública é o cancro deste país. Estamos todos de acordo.

Também estaremos (acho eu) de acordo quando se diz que não há governo PS ou PSD que consiga, por mais que “ameace”, reduzir essa despesa pública, portanto, o problema não é da cor: é da incapacidade geral.

Isto dito assim, de forma tão abstracta como esta, até parece inofensivo.

Mas quando me dizem e redizem que a cada hora que passa, o estado gasta 2,5 ME, as coisas passam do abstracto ao ordinário. Ao obsceno.

Governo após governo, seja laranja, seja rosa, seja uma mistura como faz ali na Avenida, o Tomé no seu quiosque (com os gelados), estamos sempre mais ou menos ao nível do quase afogamento.

Admirem-se que, um dia destes, os portugueses, que já foram emigrantes à força toda e que depois se tornaram receptores de imigrantes sem saber como, admirem-se, dizia eu, que este país, assim de repente, este povo, que tem aturado a maluqueira destes dois maiores partidos que têm formado governo, admirem-se, insisto, que o povo, o tal que “é sábio” na altura das eleições mas que no resto do ano é considerado burro, comece a desaparecer e a emigrar para outras paragens.

A sério.

É que “andamos” para aqui ocupados com assuntos menores, como revisões constitucionais com propostas que afinal é melhor não existirem, com seleccionadores temporários para o futebol nacional e para coisas do género e depois passam os dias e andamos para aqui pseudo-ocupados com o acessório, enquanto o essencial nos escapa. Parece propositado. E eu não acho piada nenhuma ao “entretenimento” que a comunicação social nacional tem feito, quando deveria estar a produzir notícias. Notícias a sério. A put@ da sillly season prolongou-se demais, este ano. E parece que continua por aí.

Só espero que não nos tornemos todos silly, acabando por fazer do ano inteiro, uma única season.

(Qualquer dia emigro)

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Ironias da publicidade automática


O problema dos anúncios automáticos, do género "Google Ads" ou, neste caso do "Anúncios Sapo", é que, lá de vez em quando, gera situações caricatas.



Com "Deus" ou com 'o' "Diabo"?

Não sei bem porquê (a gente nunca sabe muito bem porquê, estas coisas, não é?), dei comigo a pensar num(a) meu conhecido(a) que faz tudo o que pode para estar bem com Deus e com o Diabo.

Ao mesmo tempo.

Daquelas pessoas que pela frente são muito “amigos” mas que virada a esquina, desbobinam uma série de críticas e impropérios sobre nós.

Daquelas pessoas que vivem das aparências e do alarido que fazem, porque fica bem, parecer bem e fica bonito e dá nas vistas e causa imensa inveja, acham. E depois, é só superficialidade. E depois, para lá das aparências não há nada.

Ou melhor, há.

Há o que tentam disfarçar através da teatralidade do dia-a-dia, porque o que vivem na realidade é mau demais.

Há que inventar uma “realidade” diferente. E mostrá-la. Fazer tudo para mostrá-la.

E a ânsia de mostrar essa tal de “realidade” inventada é tão grande, mas tão grande, que quem vive assim, esquece-se de algumas coisas extremamente importantes.

Esquece-se, por exemplo que, quer Deus, quer o Diabo (porque é que Deus é Deus e “o” Diabo é “o” Diabo?) têm amigos.

E como qualquer outro ser com facebook por exemplo, têm amigos em comum.

E vai daí, os amigos comuns de “Deus” e do “Diabo” falam entre eles.

E claro, desses amigos comuns, alguns são sempre, para além de amigos de “Deus” e do “Diabo”, amigos de quem é visado nas conversas deste tipo de gente.

E acabamos sempre por saber, pelos amigos comuns, que um(a) tal conhecido(a) diz/disse/vai continuar a dizer barbaridades acerca de nós próprios.

Não sei se é por maldade, acredito que seja mesmo mais por ingenuidade. Por vezes até, acho que os comentários jocosos e as bocas não são ditas por maldade, mas por necessidade de ter o que dizer.

De qualquer forma, essa gente é fácil demais de desmascarar. E não dá sequer “tusa” de confrontar/contrariar.

É gente tão fraca de espírito.

E depois de escrever isto tudo, que é tão pouco, dei comigo a pensar em mais meia dúzia de conhecidos(as) do género.

Não passam (nunca passarão) de “conhecidos”.

Eu cá (e lá) prefiro que “Deus” ou 'o' “Diabo” saibam de antemão que não simpatizo propriamente com um deles.

Não é preciso estar bem com “Deus” e com 'o' “Diabo”.

Nunca foi.

E estar, dá asneira.

domingo, 5 de setembro de 2010

Não sou grande adepto...

...de poesia.

Mas há poemas que ficam. E por vezes ficam mesmo muitos anos.
Este ficou por cá.
É só uma letra dos Heroes del Silencio. Nada mais. A música chama-se "Con nombre de guerra"

entra despacio,
que nadie oiga tus pasos.
mientras tanto
si los nervios no traicionan, todo irá bien
y dejemos los besos para los enamorados
y pensemos en lo nuestro,
que por eso te he pagado
aunque esta noche...
seas sólo mercancía para mí.

dejo en tus manos
lo que hemos acordado
la lluvia de hace un rato
ahora sólo necesito descansar.
y dejemos que los sueños
se apoderen del deseo
recordemos que lo nuestro
se me olvidará al momento
aunque esta noche...
sea sólo unos billetes para ti.

pienso en los años
que llevas guerreando
con un nombre por bandera
ahora sólo quiero oírlo una vez más.
y dejemos que lo cierto
sea lo que imaginamos
recordemos que lo nuestro
todavía no ha acabado
aunque, por esta noche, ...
...por esta noche...
nos podemos despedir

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Fotos no Variável

Novas fotos no meu photoblog

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Recordar

No dia em que a última brigada de combate norte-americana sai do Iraque, recordo a figurinha patética dum Presidente prestes a declarar guerra contra o Iraque, supostamente em busca das armas de destruição maciça que Bush, o Bronco, dizia existirem.
Curiosamente este foi o primeiro post que publiquei no Zirigunfo e já na altura (29 de Novembro de 2004) rezava assim:

"Pretende-se apenas com esta fotografia contribuir para aclaração da leviandade ou leveza (como queiram) de quem recentemente foi reeleito presidente da mais complexada nação do mundo.
O homem, prestes a anunciar o início da ofensiva contra o iraque (em busca das armas de destruição maciça inexistentes) entrou em directo antes do tempo, erradamente (como é normal) e mostrou a sua verdadeira figura (a que muito boa gente apelida de figura de urso)
Posted by Hello

Vida e morte

A nossa vida é uma espécie de luta contra a depressão, até à depressão final, a morte.

António Lobo Antunes

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Hellenic "saga" Wind

Este ano optei por viajar de barco, nas férias.

A saga começou quando, depois de comprar as passagens, decidi mudá-las para a classe “Oversea”, da Atlânticoline.

Pela diferença de preço que não é nada do outro mundo, pelo conforto e pela expectativa de uma área mais reservada no barco, com menos gente e menos confusão.

A funcionária da empresa, se bem que muito simpática, teve que emitir os bilhetes por três vezes, porque nunca acertou ou na data, ou no nome ou no nº de bilhete de identidade.

Chegado o dia da viagem e a hora de embarque, no check-in, um funcionário dedicado e autoritário perguntou ao passageiro atrás de mim na fila, para onde ia. A resposta: “Praia da Vitória”. Resultado: se não por isso, a minha bagagem seguia viagem para esta cidade terceirense, em vez de seguir para São Jorge.

O embarque seguiu-se rápido, mas mesmo assim, não deve ter sido suficientemente rápido, porque o barco, o Hellenic Wind, saiu com 20 minutos de atraso. Tudo bem. De férias, não é nada que não se ature na boa.

Entrei no barco (que não conhecia) e comecei a passear de sala em sala, não para o conhecer, mas para encontrar a classe Oversea. Sozinho. Sem a ajuda de ninguém. É que não havia um único tripulante para indicar fosse o que fosse.

Só depois da partida encontrei quem indicasse para onde devia dirigir-me.

Excelente cartão de visita, sem dúvida.

Algum tempo depois de instalado, entrou uma tripulante na classe “VIP” (era o que estava escrito na porta), verificou os bilhetes aos passageiros e foi anunciando que tínhamos direito a café e águas à discrição.

A dita tripulante esteve não mais do que meia hora na sala do dito Oversea.

E desapareceu sem deixar rasto.

Depois disso, foi ver entrar outros passageiros na pseudo-classe “VIP”, saindo de cafés e águas na mão.

Não se percebe. Durante quase todo o percurso até à Praia da Vitória, nunca mais foi visto um tripulante na sala.

Nem da Praia da Vitória até às Velas.

Entre umas escapadinhas à “rua” e outras à sala de fumo, fui ao bar, para comer.

Pedi o que queria, disseram-me que não havia, eu tive de indicar onde estava o produto que pedi...

Pedi um tabuleiro e com a mesma rispidez desde o início do atendimento disseram-me “tem de o devolver depois de comer”... mesmo na classe Oversea?, perguntei... Humm? Você está na Oversss... ah pois está, não não, claro que não. Nós depois recolhemos. A mudança de “disposição” foi impressionante, não haja dúvida.

O tabuleiro, esse, é que ficou por recolher, até às Velas, onde saí. Às tantas até à Horta. Ou mais.

21.07.2010

Ontem deitei-me a pensar numa frase e faltou pouco para sair da cama e escrever essa frase.

Depois pensei que hoje de manhã iria lembrar-me. E descansei.
Hoje acordei a pensar que ontem, ao deitar, tinha feito / pensado numa frase que me disse muito.
Só não sabia que frase era essa.
E não sei até agora.
Sei que me disse imenso.
Mesmo sem conseguir lembrar-me dela.
Deitei uma excelente frase (tenho a certeza) fora.
É pena.

Vuelvo al sur


Eu por cá, volto ao blogue

sábado, 16 de janeiro de 2010

Joaquins Dakar Faustinos

Acabei de ler no Facebook: “Miguel Barbosa relata ao Expresso as peripécias do seu dia-a-dia, ao volante de um Mitsubishi, nas etapas da Argentina e Chile que integram a edição de 2010 do rali Dakar. Clique para visitar os postais O Dakar visto de dentro.”
Claro que suscita a curiosidade de qualquer mortal que não ande em 2 ou 4 rodas a 200 e mais à hora, em “caminhos” de terra, lama, areia ou qualquer coisa do género.
E é claro que a figura desse “qualquer mortal” que não anda “em 2 ou 4 rodas a 200 e mais à hora” representa a grande maioria da população.
Certo é que, ao ler aquele parágrafo, dei por mim refazer o texto mentalmente, lendo qualquer coisa como “Joaquim Faustino relata ao Expresso as peripécias do seu dia-a-dia, ao volante da sua vida, nas etapas da subsistência e da teimosia que integram a casmurra edição de 2010 do rali “tu consegues”. Clique para visitar os postais A miséria do Joaquim Faustino vista de dentro.
O Dakar é mais notícia do que a vida miserável do Joaquim Faustino? Claro que é.
Afinal o Dakar acontece 15 dias por ano.
Já as vidas dos “Joaquins Faustinos” deste país, desta região, repetem-se dia após dia, todo o dia, todos os dias.
(Também) Por isso, as peripécias dos “Joaquins Faustinos” não são notícia nem despertam a curiosidade.
São o que são: mais do mesmo.
De todos os dias.
Mais um, menos um.
Joaquins Faustinos há muitos.
Por isso deixam de dar nas vistas.
É pena.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

The PEN Story

Esta é a história da Olympus PEN. Diz a Olympus que "This is the PEN Story in stop motion. We shot 60.000 pictures, developed 9.600 prints and shot over 1.800 pictures again. No post production! Thanks to all the stop motion artists who inspired us. ... "