segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Com "Deus" ou com 'o' "Diabo"?

Não sei bem porquê (a gente nunca sabe muito bem porquê, estas coisas, não é?), dei comigo a pensar num(a) meu conhecido(a) que faz tudo o que pode para estar bem com Deus e com o Diabo.

Ao mesmo tempo.

Daquelas pessoas que pela frente são muito “amigos” mas que virada a esquina, desbobinam uma série de críticas e impropérios sobre nós.

Daquelas pessoas que vivem das aparências e do alarido que fazem, porque fica bem, parecer bem e fica bonito e dá nas vistas e causa imensa inveja, acham. E depois, é só superficialidade. E depois, para lá das aparências não há nada.

Ou melhor, há.

Há o que tentam disfarçar através da teatralidade do dia-a-dia, porque o que vivem na realidade é mau demais.

Há que inventar uma “realidade” diferente. E mostrá-la. Fazer tudo para mostrá-la.

E a ânsia de mostrar essa tal de “realidade” inventada é tão grande, mas tão grande, que quem vive assim, esquece-se de algumas coisas extremamente importantes.

Esquece-se, por exemplo que, quer Deus, quer o Diabo (porque é que Deus é Deus e “o” Diabo é “o” Diabo?) têm amigos.

E como qualquer outro ser com facebook por exemplo, têm amigos em comum.

E vai daí, os amigos comuns de “Deus” e do “Diabo” falam entre eles.

E claro, desses amigos comuns, alguns são sempre, para além de amigos de “Deus” e do “Diabo”, amigos de quem é visado nas conversas deste tipo de gente.

E acabamos sempre por saber, pelos amigos comuns, que um(a) tal conhecido(a) diz/disse/vai continuar a dizer barbaridades acerca de nós próprios.

Não sei se é por maldade, acredito que seja mesmo mais por ingenuidade. Por vezes até, acho que os comentários jocosos e as bocas não são ditas por maldade, mas por necessidade de ter o que dizer.

De qualquer forma, essa gente é fácil demais de desmascarar. E não dá sequer “tusa” de confrontar/contrariar.

É gente tão fraca de espírito.

E depois de escrever isto tudo, que é tão pouco, dei comigo a pensar em mais meia dúzia de conhecidos(as) do género.

Não passam (nunca passarão) de “conhecidos”.

Eu cá (e lá) prefiro que “Deus” ou 'o' “Diabo” saibam de antemão que não simpatizo propriamente com um deles.

Não é preciso estar bem com “Deus” e com 'o' “Diabo”.

Nunca foi.

E estar, dá asneira.