quarta-feira, 29 de novembro de 2006

Já agora..

... faz hoje 2 anos que eu (mais novo 2 anos) abria esta "tasca" e começava a postar. Não é para comemorar, é só para assinalar neste meu bloco de notas.

Entre os muitos blogs que nascem diariamente...

... faço questão de destacar este, cuja sinopse "avisa" que ""Conversar em Peniche" não é necessariamente conversar sobre Peniche. Também mas não só. Algumas vezes assumirá um papel de raiva. Ou de guerra. Será provocador qb. Comprometido. Não será isento nem de erros nem de verdades (as minhas). O resto se verá..."
Por isso e porque o autor sabe falar e escrever como poucos bloggers, fica a menção (honrosa).

Não tenho por costume...

... comentar aqui a forma como se fazem ou dão certas notícias, mas houve uma que me saltou à vista, até porque a vi 2 vezes.
Falo de uma notícia acerca do funcionamento dos Correios, que desculpabilizava de alguma forma os atrasos verificados na distribuição de correspondência.
Às tantas ouvi qualquer coisa como "afinal, os correios são como os relógios: também se atrasam".
Sinceramente, fiquei meio indignado, isto porque se os relógios se atrasam, é porque estão avariados. Convém mandar consertar.
Os Correios se se atrasam é porque funcionam mal, tem falta de pessoal, são incompetentes, estão mal organizados, qualquer coisa do género.
E uma coisa é certa: vejo muito mais vezes os Correios atrasados, do que os relógios.

terça-feira, 28 de novembro de 2006

Nova entrevista, nova pérola

Carlos Vaz Marques entrevista António Lobo Antunes, no Pessoal e Transmissível da TSF. Recomendo a entrevista a certas pessoas que já tentaram ler algumas coisas do autor e já desistiram por 5 vezes (não foi?).
Lobo Antunes no seu melhor (como sempre), ou seja, na única forma de ser.

Tem dias...

... em que acho que já fiz (quase) tudo o que devia fazer na vida.
Noutros dias penso que não gostava de desaparecer sem antes agradecer certas coisas a umas tantas pessoas que tive a honra e o prazer de conhecer.
Depois assalta-me a ideia de que para morrer, basta estar vivo, e que isto de se viver ainda um dia acaba mal e apetece-me falar com várias pessoas, antes que seja tarde.
Qualquer dia, é tarde demais.
(não, não tenho (por enquanto) tendências suicidas)

domingo, 26 de novembro de 2006

Mundanamente triste

Há um ou dois meses apresentei uma reclamação no Modelo de Ponta Delgada, devidamente identificada, acerca de dois assuntos distintos: primeiro, reclamei da reposição de produtos, que considero péssima, uma vez que raramente se consegue de uma semana para a outra, comprar o mesmo produto, da mesma marca, segundo, pela falta de qualificações mínimas da maioria dos caixas, que muitas vezes, nem boa tarde e obrigado são capazes de dizer, limitando-se a grunhir o total das compras num tom tão baixo que na maiorioa das situações nem se percebe (valha-nos o visor das registadoras).
Não levou muitos dias, recebi uma carta da adminstração do Modelo a agradecer a minha "contribuição" para a melhoria do serviço ao cliente, dizendo ainda que iriam fazer tudo para que as questões que apresentei fossem resolvidas.
Ou seja, recebi uma carta daquele género de documento que está escrito, assinado, carimbado e pronto a enviar, sempre que alguém se digna a fazer uma reclamação (identificada).
Mas como é óbvio (nem eu estava à espera de outra coisa) até agora nada mudou.
Os caixas continuam a atender os clientes como se fossem os clientes os grandes culpados por todos os males do mundo e os produtos continuam aparecer e desaparecer com uma intermitência que faz inveja a qualquer série de luzinhas de natal, chegando ao cúmulo de não se encontrar chá verde Gorreana, que é produzido nesta terra, que não há notícia de rupturas de stock e que não deve custar muito a fazer chegar à cidade, ou mesmo Arroz embalado pela Sinaga, que ainda está mais perto. E estes são apenas dois casos flagrantes.
Quem ganha? No meu caso ganha o Solmar (que remédio) que embora tenha o mesmo problema ao nível dos caixas, sempre vai tendo uma reposição de stocks UM POUCO melhor.

segunda-feira, 13 de novembro de 2006

No país da "lixadura" (2)

"O Ministério Público abriu entre Janeiro de 2005 e Outubro deste ano mais de oito mil inquéritos relativos a indícios de fraudes, corrupção, branqueamento de capitais, crimes fiscais e infracções de tecnologia informática, noticia hoje o Diário Económico.
Estes oito mil inquéritos representam uma média de 13 inquéritos por dia, incluindo fins-de-semana e feriados, adianta o jornal."

Este país é um mimo. Confirma-se: anda tudo à espreita duma hipótese para enganar alguém e fazer dinheiro fácil. Depois dizem que são uns coitadinhos, quando apanham multas, coimas e demais "castigos".

domingo, 12 de novembro de 2006

In nomine esclarecimentus (ou coisa do género)

Caríssimo Bispo de Angra e Ilhas dos Açores (é assim que se diz, não é?)

Serve a presente posta para acusar a recepção da sua missiva, que surgiu na minha caixa de correio nesta semana que passou, embora viesse sem destinatário, o que me leva a pensar em publicidade (neste caso, religiosa) não endereçada, daquelas que se tivermos o autocolantezito amarelo na dita cuja, não entraria pela ranhura postal, por ser expressamente proibido.
Posto este esclarecimento, sou a dizer-lhe que folgo ver que a Igreja começa finalmente a prestar algumas contas aos ditos fiéis, embora também seja forçado a dizer-lhe que perante os números apresentados, os católicos ficarão praticamente na mesma.
A retirar da leitura dos números divulgados, a Igreja ou é má gestora, ou já não sabe “vender” o seu “produto”, por estar ultrapassada nas formas de comunicação e marketing.
Eu aposto numa mistura das duas.
A Diocese de Angra acabou por dar prejuízo em 2005 no valor de 143.627,44 €.
Convinha realmente que o saldo final fosse 0 €. 30 mil contos de prejuízo é muito prejuízo junto.
De qualquer forma, embora não tenham conseguido equilibrar as contas, folgo em saber que a Igreja não seguiu o exemplo do Governo Regional, que deu lucro e orgulhou-se de tal facto, na praça pública.
É que um governo dar lucro, já é mau, sendo muito pior um governo dar lucro numa região com tanto problema e tanta carência.
Mas adiante, que não é do governo que lhe quero falar:
Vejo nos dados que inclui no folheto que me enviou (devidamente envelopado) que o contributo dos fiéis (e não fieis, como erradamente escreve no folheto*) chegou e sobrou para pagar os salários e a segurança social da diocese. Isso é bom.
Agora, o que me baralhou na coluna das receitas, é a divisão entre “contributo dos Fieis (Percentagem das Paróquias), Colectas e Receitas Diversas e Donativos. Eu, leigo em matéria de contas, com humildade pergunto: isto não vem tudo do mesmo sítio, ou seja, dos bolsos dos açorianos?
E posto isto, chegamos onde ao que queria desde o início:
Depois das contas, da explicação acerca do que é a Diocese de Angra, e da Oração pela igreja diocesana (confesso que desconhecia, sempre pensei que era a Igreja a rezar por nós e não nós a rezar pela Igreja), deparei-me com o pedido de “Colaboração Responsável”.
Sr. Bispo, cá para a gente, que ninguém nos lê, ambos sabemos que a vida não está fácil, nem para fiel, nem para ateu, nem para agnóstico, nem para a Igreja, seja ela qual for, mas convenhamos: depois de 493.851,97 € (mais de 99 mil contos) desembolsados pelos açorianos (no Contributo dos Fieis (Percentagem das Paróquias), nas Colectas e nas Receitas Diversas e Donativos), a Diocese vem por meio de carta pedir uma “Colaboração Responsável”? Os 99 mil contos foram doados de forma irresponsável?
Sr. Bispo, a vida não está fácil para ninguém e a malta cá fora, quando não tem, pede, mas paga às prestações e com juros (elevadíssimos, estão pela hora da morte).
Sei e reconheço que a Igreja presta um serviço de grande valor à sociedade e não apenas aos fiéis, mas também lhe digo Sr. Bispo, que tal serviço já merecia uma actualizaçãozita, digamos que uma aproximação à sociedade actual, da qual considero que a Igreja está cada vez mais afastada, mesmo fazendo alguns esforços tímidos de aproximação.
Sr. Bispo, pouco tempo depois de receber a sua comunicação, dois putos tocaram à campainha da minha casa, a perguntar se eu não queria porventura contribuir para o pagamento dos sinos da Igreja de Santa Clara...
Numa sociedade cada vez mais assoberbada por falcatruas, corrupções várias e fraudes diversas, no mínimo espera-se que quem faz tais peditórios venha devidamente identificado e tenha idade para saber o que faz, explicar ao que vem, etc., etc..
É que, veja: não é só o Sr. Bispo ou a Diocese quem pede: é o Sr. Bispo pela Diocese, são as associações em defesa de tudo e mais alguma coisa (e que fazem também um trabalho meritório), umas sobejamente (re)conhecidas, outras nem por isso, são os bombeiros, são “n” instituições, muitas delas que desempenham realmente um trabalho fundamental em prol da sociedade.
Fora estes, há que lembrar aqueles que não pedem: cobram e não se fala mais nisso.
É o aumento da electricidade que a ERSE diz dever ser de 15% e logo vem o governo em acção pseudo-benevolente, dizer que não senhor, não pode ser, tem que ser menos senão o povo não aguenta, é o aumento dos combustíveis, que entre subidas e descidas, lá ficou (bem) mais caro, é aumento dos bens de consumo de primeira necessidade, é o aumento de tudo o que nos rodeia.
Ou seja, Sr. Bispo, não dá. É impossível dar para tudo. Por isso estabelecemos prioridades na nossa vida e é por essas prioridades que nos devemos reger.
Por isso lhe digo que nesta altura, a Igreja não é uma das minhas prioridades. Poderá vir a ser, nesta altura não é.
Depois (e embora reconheça que este texto já vai longo, ainda mais como resposta a uma carta não endereçada) tenho que lhe dizer ainda uma outra coisa: tal como tudo na vida, Sr. Bispo, onde existem bons jornalistas e maus jornalistas, bons médicos e maus médicos, bons e maus professores, também existem bons e maus padres. E entre os bons e os maus ainda há aqueles que sendo bons, preferem ir por maus caminhos, os do facilitismo, dos compadrios, das cunhas, do despesismo, etc., etc..
Espero pelo menos que as despesas em Formação, inscritas no folheto que me enviou com 190.707,11 €, tenha servido para atenuar e reduzir a quantidade de maus padres que existem nos Açores. É que também os há.
Deixo-lhe por fim a pergunta/sugestão: a Diocese controla e fiscaliza de forma eficaz as contas de todas as paróquias?
Sr. Bispo, quando comecei este texto, achei que ia escrever poucas linhas, mas a missiva já se estende por duas páginas de Verdana a tamanho 10.
Por isso, fico-me por aqui e reduzo-me perante a sua pessoa, à minha insignificância.
Cumprimentos

* fiéis -
plu. de fiel ou masc. plu. de fiel
do Lat. Fidele - adj. 2 gén., - que cumpre aquilo a que se obriga;
* fieis - 2ª pess. plu. pres. conj. de
fiar
do Lat. Filare - v. tr. e int., - reduzir a fio (os filamentos ou fibras têxteis); puxar à fieira (os metais); serrar pelo meio, longitudinalmente;

No país da "lixadura"

"É um processo fraudulento que acaba por entrar no bolso de todos. Algumas agências funerárias desviam parte do dinheiro que é reembolsado pela Segurança Social. O mais grave é que a factura que enviam para os serviços é sempre superior ao valor real do serviço, próximo do máximo permitido por lei: 2315,40 euros, ou seja, seis vezes o salário mínimo nacional. E o problema é que a fraude usa pessoas mal informadas e é difícil de provar."

Neste país, andam todos à espreita duma oportunidade para lixar o próximo, roubar o vizinho, ganhar dinheiro de forma fraudulenta, ilegal e corrupta.
É o país do xico-espertismo.

terça-feira, 7 de novembro de 2006

Eu hoje saí da água assim (2)

Posted by Picasa

Eu hoje saí da água assim (1)

Posted by Picasa

sábado, 4 de novembro de 2006

Já que não vou à água hoje...

Posted by Picasa

quarta-feira, 1 de novembro de 2006

Mensalmente mau

Há um novo “jornal” em São Miguel.
Um “jornal” grátis. O primeiro jornal grátis dos açores (anuncia o Mensal Açores nas suas páginas).
Um jornal que se faz com uma directora, um director adjunto e uma redacção composta por uma outra pessoa, presumo que jornalista.
Vi hoje no número 1 (terá saído número 0?).
Tem ficha técnica mas não tem estatuto editorial, tem notícias com 15 e mais dias e publicidade, muita publicidade.
Tem também na primeira página, mesmo em cima a palavra “Gratuíto” e não gratuito.
E na última página, o director adjunto, que anunciam ser também “analista político e jornalista” escreve que “A contestação interna no PS começa a fazer moça”.
O Editorial desta edição, assinado, claro está, pela directora do “jornal”, fala sobre a Coreia do Norte...
A primeira página anuncia uma “Grande Reportagem” sobre “Uma estrada de sonhos perdidos” que é publicada na página 2 e fala em três parcas colunas, de uma cidadã brasileira que saiu do Brasil e veio trabalhar para os Açores, embora não tenha ficado lá muito satisfeita com o que encontrou.
Ainda na primeira página, há uma chamada para a notícia que diz que a “judiciária desmonta mega rede de droga na Terceira” e outro destaque para as “Sugestões” que constam na página 7. Na dita página, em vez de “Sugestões” existe uma “sugestão” (para umas jóias de 809 mil euros) e o resto, bom o resto é publicidade.
Há também nesta edição duas notícias de desporto, assinadas por colaboradores...
O resto, bom o resto é pouco mais texto e imensa publicidade.
Quanto ao gratuito (e não gratuíto) não devia ser sinónimo de mau. Neste caso (digo eu) é. Muito mau. Pelo menos por agora e a avaliar por este número.