sábado, 19 de janeiro de 2013

O poder do capital

Fui às compras.
Passei na prateleira da fruta e olhei para as uvas.

Uma das uvas olhou para mim e disse-me “não me compres. Tu nunca gostaste de mim.”
Tinha 10 cêntimos perdidos num bolso e comprei a uva.
Cheguei a casa e pus a uva em lugar de destaque na cozinha.
Agora olho para ela, de quando em vez, só para vê-la apodrecer.

Os nomes da educação

Sentado numa esplanada a ler o jornal, dou por mim a ser auditivamente vandalizado por uma irritante criancinha aos berros e aos saltos e pelas advertências éticas e morais da sua interveniente ( mas sempre sentada) mamã: "oh Martim" isto, "oh Martim" aquilo.

Alguém, num qualquer ano que passou estando eu possivelmente distraído, noticiou que aos filhos basta chamar-lhes Martim, Afonso ou qualquer coisa do género, para garantir a boa educação?