Este ano optei por viajar de barco, nas férias.
A saga começou quando, depois de comprar as passagens, decidi mudá-las para a classe “Oversea”, da Atlânticoline.
Pela diferença de preço que não é nada do outro mundo, pelo conforto e pela expectativa de uma área mais reservada no barco, com menos gente e menos confusão.
A funcionária da empresa, se bem que muito simpática, teve que emitir os bilhetes por três vezes, porque nunca acertou ou na data, ou no nome ou no nº de bilhete de identidade.
Chegado o dia da viagem e a hora de embarque, no check-in, um funcionário dedicado e autoritário perguntou ao passageiro atrás de mim na fila, para onde ia. A resposta: “Praia da Vitória”. Resultado: se não por isso, a minha bagagem seguia viagem para esta cidade terceirense, em vez de seguir para São Jorge.
O embarque seguiu-se rápido, mas mesmo assim, não deve ter sido suficientemente rápido, porque o barco, o Hellenic Wind, saiu com 20 minutos de atraso. Tudo bem. De férias, não é nada que não se ature na boa.
Entrei no barco (que não conhecia) e comecei a passear de sala em sala, não para o conhecer, mas para encontrar a classe Oversea. Sozinho. Sem a ajuda de ninguém. É que não havia um único tripulante para indicar fosse o que fosse.
Só depois da partida encontrei quem indicasse para onde devia dirigir-me.
Excelente cartão de visita, sem dúvida.
Algum tempo depois de instalado, entrou uma tripulante na classe “VIP” (era o que estava escrito na porta), verificou os bilhetes aos passageiros e foi anunciando que tínhamos direito a café e águas à discrição.
A dita tripulante esteve não mais do que meia hora na sala do dito Oversea.
E desapareceu sem deixar rasto.
Depois disso, foi ver entrar outros passageiros na pseudo-classe “VIP”, saindo de cafés e águas na mão.
Não se percebe. Durante quase todo o percurso até à Praia da Vitória, nunca mais foi visto um tripulante na sala.
Nem da Praia da Vitória até às Velas.
Entre umas escapadinhas à “rua” e outras à sala de fumo, fui ao bar, para comer.
Pedi o que queria, disseram-me que não havia, eu tive de indicar onde estava o produto que pedi...
Pedi um tabuleiro e com a mesma rispidez desde o início do atendimento disseram-me “tem de o devolver depois de comer”... mesmo na classe Oversea?, perguntei... Humm? Você está na Oversss... ah pois está, não não, claro que não. Nós depois recolhemos. A mudança de “disposição” foi impressionante, não haja dúvida.
O tabuleiro, esse, é que ficou por recolher, até às Velas, onde saí. Às tantas até à Horta. Ou mais.
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