terça-feira, 9 de janeiro de 2007

Há dias em que parece que enlouqueço

Há dias em que me apetece abordar o teclado do computador e massacrar estas teclas, de maneira a que todas as letras, palavras, frases e ideias me desapareçam do cérebro.
Deixem-me em paz, foda-se!
Que nojo, porque é que um gajo pensa tanto, em tanta coisa? Em coisas que nada tem a ver connosco, que não lembram a quase ninguém, que não fazem sentido, que não servem de praticamente nada, que não levam a nada?
Perder, perder a noção do tempo, do espaço, de tudo o que me rodeia e escrever o cérebro, vazá-lo, fazer desaparecer tudo o que é ideia, tudo o que incomoda, o que não incomoda, o que chateia, o que faz rir, o que enerva, o que irrita, o que lembra o que não quero lembrar, o que faz esquecer o que é importante, tudo, tudo o que passa cá dentro.
Quero a receita, a prescrição, a mezinha, quero conhecer a fórmula e saber aplicá-la. Quero parar. Quero reescrever o cérebro. Mandar as dúvidas à merda e as certezas ao outro lado.
Extrair tudo da cabeça, fundir, refazer, baralhar e voltar a dar.
Há dias em que pagava para não pensar.
Raios partam a complexidade das coisas simples!

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