quarta-feira, 10 de junho de 2009

(algumas das) causas para o recorde de abstenção nos Açores

Não será a única razão, mas será uma das causas: é preciso não esquecer que os candidatos açorianos pelos maiores partidos (PS e PSD) já tinham lugar garantido no Parlamento Europeu, uma vez que a "grande negociação e eleição" é feita antes do próprio acto eleitoral e a nível interno: a atribuição do lugar em cada lista.
Independentemente do voto dos açorianos, os dois representantes da região já estavam eleitos à partida.
Então, se não depende do voto regional, para quê votar?
Depois, a mudança dos actuais eurodeputados (já bem conhecidos) para dois candidatos conhecidos apenas agora, pelo grande público (não questiono a capacidade de trabalho de nenhum deles) também, digo eu, não ajudou nada.
A juntar à descridibilização da classe política, à crise e a outros factores de menor vulto, chega-se à abstenção verificada nos Açores.
A análise não é, claro está, científica: trata-se apenas da minha opinião :)

2 comentários:

João Bruto da Costa disse...

Apenas um aparte:
Se juntarmos 15% (recenseamento automático)à abstenção das últimas regionais ficamos a apenas 10% na abstenção agora verificada.
Não se trata de desvalorizar, é, de facto, preocupante o alheamento dos eleitores. A abstenção, (não cientifico tb) tem como principais causas a não proximidade entre eleitos e eleitores e a não consequência entre as campanhas e o exercício da Governação. Muitos cidadãos dizem: votar para quê? eles fazem o que querem!

Tibério Dinis disse...

Um post com muito de verdade!

Haja saúde