terça-feira, 9 de junho de 2009

Na educação, quantidade não é qualidade

As Escolas do primeiro ciclo açorianas queixam-se com frequência da falta de auxiliares de acção educativa (no meu tempo eram “contínuas”) para assegurar o bom e normal funcionamento dos estabelecimentos de ensino.
A essas queixas, seguem-se as respostas do Governo Regional, através da Secretaria Regional da Educação, dizendo que as escolas têm os quadros preenchidos com o número devido de auxiliares.
Mas o problema não se prende com a quantidade e sim com a “qualidade”.
Senão, vejamos: boa parte das auxiliares de acção educativa são pessoas já de avançada idade, a poucos anos da reforma. Muitas delas têm problemas de saúde e limitações físicas derivadas da idade, que as impedem de executar inúmeras tarefas.
Para além disso, a maioria das auxiliares das escolas do primeiro ciclo são pessoas com baixa escolaridade e pouca formação para lidar com os alunos. São, em grande parte, pessoas “antiquadas” e com grandes dificuldades em trabalhar em equipa.
Por isso, digo eu, a quantidade apregoada pela Secretaria da Educação, de pouco serve. Falta qualidade. E muita. E isso vê-se sem dificuldade.

1 comentários:

Tiago R. disse...

As alterações da idade da reforma causaram isto em toda a função publica.

Manter os jovens no desemprego e os velhotes a trabalhar só podia dar nisto.