Há uns bons anos (93? 94? 95?) vim a São Miguel de carteira recheada, comprar material fotográfico e de vídeo, para um projecto a desenvolver por uma associação da qual fazia parte.
Entrei numa loja, ali para os lados da Machado dos Santos, e pedi primeiro para ver material fotográfico.
O dono da loja disse-me com um desinteresse que só visto "o que temos é o que está à vista".
Eu insisti em conhecer características de algum do material e perguntei se tinham outro material ainda, que não estaria tão "à vista".
O dono, sem nunca sair dum canto atrás do balcão, voltou-me a dizer, mais entediado e aborrecido "o que temos é o que está à vista."
Já bastante incomodado, acabei por dizer ao homem que estava ali para tentar comprar material de fotografia e vídeo e que me tinham indicado o estabelecimento dele como um dos que deveria visitar, mas que pelos vistos não valia a pena.
Antes de sair fiz ainda questão de dizer ao homem (dono da loja) que ele tinha acabado de perder um possível negócio de mais de 800 contos (em 94, 95, ou mesmo 96, ainda era bom dinheiro, muito mais para uma loja pequena).
O senhor, já com outra cara completamente diferente, ainda esboçou um sorriso meio amarelo e tentou dizer alguma coisa, mas não conseguiu.
Saí da loja e fui comprar o material todo a outro estabelecimento, um pouco mais abaixo.
Isto foi há 10, 11, 12 anos talvez, mas ainda hoje sinto muitas vezes que somos tratados no comércio tradicional, como se andássemos a pedir favores.
segunda-feira, 16 de outubro de 2006
Pouco ou nada mudou
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1 comentários:
exactamente. e depois queixam-se que não há clientes. Pudera. Não são competitivos. São é acomodativos, isso sim.
(blog vai já para os Favoritos.)
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