Reclamar? Hummm, err...

Esta manhã (21/11) o carteiro deixou-me na caixa de correio um aviso para levantar uma encomenda.
Pena não ter tocado à campainha: estive toda a manhã em casa.
Mas enfim, não é a primeira vez.
No aviso dizia “levantar a partir das 14:00”.
Fui à estação dos CTT às 14:20.
Abaixo fica a reconstituição possível do diálogo...

- Boa tarde. Vinha levantar esta encomenda...
- Ah sim? O aviso foi entregue hoje, não foi?
- Foi, mas diz aí que posso levantar a encomenda a partir das 14:00
- Ai diz? Onde é que diz isso?
- Aí, nessa linha...
- Ah, pois é... (consulta ao computador) mas a encomenda não está cá, ainda não chegou.
- Mas não chegou porquê? Se aí diz que a posso levantar a partir das 14 horas...
- Pois, mas não chegou.
- Está bem então. Diga-me uma coisa: onde é que posso reclamar?
- RECLAMAR?????????!?!?!??!?!
- Sim, reclamar: é um direito que me assiste. Por isso quero o livro de reclamações ou algum superior seu a quem possa apresentar uma reclamação...
- Humm, pois, err, reclamação, hummm, grunf, err... é só um momento.

A funcionária levantou-se pela primeira vez da cadeira, desapareceu numa esquina da estação dos CTT, e passados (no MÁXIMO!) 30 segundos, aparece com dois volumes.

- Olhe, está aqui a sua encomenda.
- Ena, que bom. Afinal estavam cá.

Silêncio...

- É preciso assinar alguma coisa? Bom, não deve ser, a minha mulher já assinou.
- Pois já está assinado. Tem o B.I. dela?
- Tenho sim. Tome.

A funcionária confere o B.I., entrega-me as encomendas e não abre mais a boca.

- Obrigado, boa tarde.

E pronto... Afinal as encomendas estavam mesmo lá. Engraçado, não é?