Estão formados 30 alunos do Curso de Relações Públicas e Comunicação, da Universidade dos Açores.
Acabadinhos de sair da "forma", queixam-se que os empresários (convidados para aparecer na cerimónia de entrega dos diplomas) não apareceram.
Pois. Nos Açores, só mesmo o governo e as maiores autarquias e empresas públicas têm relações públicas ou assessores de imprensa.
Não é assim, de estranhar, a ausência dos empresários açorianos, na cerimónia, embora seja de lamentar.
Queixam-se os recém-formados da fraca procura do tecido empresarial açoriano, por relações públicas ou mesmo pela (quase) inexistência de empresas receptivas a estagiários deste curso, tendo estes alunos, na maior parte dos casos, colocação através do Estagiar L, pelo qual as empresas não têm custos.
Mas neste caso, a Universidade é o exemplo mais flagrante do mau funcionamento da comunicação para o exterior.
Os diferentes departamentos emitem notas de imprensa regulares, sobre eventos e iniciativas a realizar.
Quem telefona para a Universidade para falar com alguém desses eventos, normalmente perde-se por transferências intermináveis de chamadas, na (muitas vezes falsa) esperança de conseguir falar com a pessoa certa.
A Universidade vai colocar na reitoria dois destes alunos a fazer estágio (pelo Estagiar L?).
Se calhar, deviam colocar um em cada departamento da Universidade, a ver se as coisas começavam a funcionar decentemente.
Ainda para mais, se os alunos forem colocados através do Estagiar L, não dói à Universidade. E o estágio é assegurado.
E a Universidade (se calhar, só se calhar) começava a divulgar com pés e cabeça, as iniciativas, eventos e demais assuntos de interesse.
Afinal, é ou não objectivo da Universidade, uma cada vez maior integração com sociedade onde está inserida?
terça-feira, 6 de junho de 2006
Em casa de ferreiro...
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