Há dias e dias em que sou invadido por uma vontade humanamente incontrolável de escrever tudo o que me passa pela cabeça, como se a cabeça controlasse todo e qualquer movimento do meu corpo, da minha estrutura óssea, do meu fraco ser.
Escrever o que me passa pela cabeça, a 200 à hora, a 300, a quilómetros e velocidades que ainda estão por medir, se é que medir vale de alguma coisa.
Pespegar no papel digital o que é ser e estar aqui, independentemente do aqui onde se está.
Dizer nem que seja só na folha de papel do word o que me passa pela cabeça depressa demais, a uma velocidade indescritível, que magoa e deixa marcas, porque por mais que não seja possível acompanhar , por mais que seja impossível registar, facto é que não é possível deixar de sentir.
Tem dias em que só apetece controlar o cérebro por via de produtos químicos, naturais, ou outra coisa qualquer que não conheço, mas que sei que só pode é existir, de forma a travar ou no mínimo abrandar a velocidade até agora incontrolável de pensamentos e ideias.
Maluco não, doido talvez. Louco nem pensar.
Para uns doido, para outros maluco, para outros ainda, louco, sem remédio nem volta a dar.
E depois?
Depois ser, como sou, como cada um é. Afinal, quem é quem, para recriminar ou criticar quem quer que seja?
Há dias incontroláveis de irritação sem nexo, de vontade sem razão, de impulso inexplicável, de derrota.
Dou-me (muitas vezes) por vencido nestes dias. E aceito o que (não sei que) me leva este estado obscuro. Sem questionar.
Escrever é um escape. Publicar não. Postar só lá muito de vez em quando.
Hoje por exemplo.
Porque sim.
Porra!
quinta-feira, 15 de junho de 2006
APRE!
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