terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Estranho sindicalismo

Há greve nacional de professores. O pré-aviso de greve inclui (sendo nacional) os Açores.

Nos Açores, o Presidente do Governo e a Secretária da Educação reuniram com os representantes dos dois sindicatos de professores (SDPA e SPRA) e comprometeram-se a apresentar, dentro de 15 dias, um documento com possíveis modificações ao Estatuto Regional da Carreira Docente e ao modelo de Avaliação de Desempenho.

Ambos os sindicatos salientaram a abertura do Governo para dialogar e manifestaram a esperança de que o executivo regional apresente um documento com modificações que vão de encontro ao que (os sindicatos) defendem.

“À porta da greve”, SDPA e SPRA não foram capazes no entanto, de tomar uma posição clara acerca da greve.

Ambos acabaram por dizer (por diferentes palavras, mas conteúdo igual) que a greve é nacional e que por isso se pode estender aos Açores e que os professores que se sentem descontentes podem e devem fazer greve.

Mais “sério” seria se os sindicatos tivessem dito uma de duas coisas:
1º Apelamos aos professores dos Açores para que façam greve
ou
2º Estamos solidários com a greve no continente, mas nos Açores estamos em negociações, por isso, não partimos para a greve nem apelamos aos nossos sindicalizados para que o façam.

Ora, nem um nem outro foi capaz de o fazer.
Acabaram ambos por dizer qualquer coisa do género “façam greve se quiserem”.
Cheirou-me a um “lavo daí as minhas mãos”.

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