domingo, 31 de agosto de 2008

Regra em tempo de eleições: tentar contentar toda a gente

É claro que raramente (ou mesmo nunca) se consegue.
Ontem fui ver Rodrigo Leão, às Portas do Mar.
Depois da chuvinha irritante que caiu, lá começou o concerto.
O som, esse, estava no início, estupidamente baixo.
Porquê? Só me ocorre uma razão: os hotéis e os moradores das redondezas (edifício Solmar, principalmente) têm reclamado por causa dos decibéis a mais nas actuações na Alameda do Mar.
Desta vez, para contentar toda a gente, tentaram baixar o som, de forma a que a música se ouvisse para quem estava a ver o concerto e não incomodasse quem queria mais descansar.
ASNEIRA.
No início do espectáculo, era mais que óbvio que a música estava demasiado baixa, o que prejudicou bastante os excelentes músicos que compõem a banda de Rodrigo Leão.
As primeiras músicas soaram sem brilho, sem grande emoção, até que alguém chegou à conclusão que a coisa não estava a correr lá muito bem.
Vai daí, alguém encontrou o botão do volume e deu-lhe mais um "cheirinho".
A partir daí, o concerto valeu a pena. A perfeição da música e dos executantes sobressaiu e fez brilhar quem estava em cima do palco.
A diferença foi tão grande que até quem estava a assistir, manifestou-se efusivamente em algumas músicas, para além das palmas (o que nos Açores, diga-se de passagem, é obra).
Ao contrário do "habitual" comportamento dos espectadores, que normalmente adoptam a postura de múmia e mal se manifestam, ontem houve interacção com a banda e os músicos agradeceram e aplaudiram também a plateia.
Foi bonito.
À parte das questões de som, esteve, claro, a própria banda. Os músicos e cantoras de Rodrigo Leão são exímios executantes que se contentam apenas com a perfeição. Boa.

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