domingo, 31 de dezembro de 2006

Sem razão aparente...

... estou de alguma forma (vá-se lá saber pq) confiante em 2007. Claro que no final do ano posso vir a dizer que a coisa não correu assim tão bem afinal.
Mas antes de lá chegar, confesso que espero um bom ano.

GRUNF

'tou fartamente cansado de 2006. Ou deverei dizer cansadamente farto? Tanto faz.

sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

Sinalizada para morrer

A Sara morreu. Morreu vítima de maus tratos, que é a forma politicamente correcta de dizer que a Sara (com 2 anos) levou porrada toda a sua curta vida.
Certo é que a Sara estava "sinalizada" por mais do que uma Comissão de Protecção de Menores.
Serviu-lhe de muito...
Tenho a certeza que neste pobre país existem CPM's e Assistentes Sociais com grande mérito, mas também tenho toda a sensação (e cada vez mais) que boa parte ds CPM's são constituídas com `"Doutoras" de gabinete, umas com tamanha insensibilidade que tratam as Saras deste Portugalzeco, como apenas um número.
E os números não levam porrada.
Mas podem ser sinalizados.
O "número" da Sara estava. Em duas CPM's distintas do Portugal que deixa as Saras morrerem nas mãos de pais bárbaros.
Sinceramente, neste como nos demais casos que têm acontecido por este país (uns que resultam na morte de crianças que mais valia não terem nunca vindo ao mundo, outros que deixam marcas para o resto da vida em crianças que se tornam em adultos traumatizados e muitas vezes violentos), as CPM's (todos os seus elementos) deviam sentar-se no banco dos réus.
Afinal, a Sara morreu não só pelos maus tratos, mas porque as CPM's que a "sinalizaram" não fizeram mais que ocupar tempo em burocracias estúpidas. Muitas vezes, aposto, enquanto a Sara estava a levar porrada.

sábado, 23 de dezembro de 2006

Portem-se mal, portem-se bem...

... portem-se como como quiserem, mas acima de tudo, façam por se sentir bem e estar bem.
A vida não é complicada, nós é que temos a puta da mania de a tornarmos complicada, por isso, descompliquem-se, tornem-se mais simples, não inventem, vivam a época tal como ela é, tal como queiram que ela seja, ou no mínimo dos mínimos, tal como a possam viver. Bom Natal. E acima de tudo, força para 2007. Independentemente de politiquices e afins, tenho sinceramente esperança que o 07 seja melhor que este 06 que feliz e finalmente 'tá a dar as últimas. Apostem em cada um de vós, (esta merda 'tá-me a soar a sermão de missa rafeira (sim, porque as há), esforcem-se, tentem ser melhor do que foram este ano, mesmo que à partida pensem que não será fácil...
Nunca se deve partir para nada, com a sensação de que à partida, estamos derrotados. A isso chama-se desistir. Eu não desisto. Arrisco-me até a dizer "nunca", embora às vezes me apeteça.
Aos que me enviaram mensagens de Boas Festas (por mail, irc, msn, telemóvel), agradeço o facto de se lembrarem de mim, nem que seja por percorrer a lista de contactos e encontrar o meu nome e desejo a todos, tudo aquilo que me desejaram a mim.
Sem ironias, sarcasmos ou pruridos: sejam mais felizes em 2007, porque sem dúvida, estamos todos a precisar de mais qualquer coisa.
Sem pessimismos, continuo a pensar num futuro melhor, nem que seja aos poucos e sei que vou chegar lá. Vamos chegar lá. É preciso algum (muito esforço). É. Mas se não fosse preciso tal esforço, nem iria saber bem. Mas vai. A cerca de 24 horas de ver um dos meus filhos abrir as prendas de Natal, acho que muitas das vezes, o resultado do trabalho e empenho de muito tempo, acaba por se manifestar num momento, rápido, curto, passageiro, mas a força desse momento compensa todo o trabalho e empenho de muito tempo.
Ao meu filho mais velho (o Gabriel) , que está geograficamente longe mas sentimentalmente tão perto de mim quanto o meu filho mais novo (que vive comigo, o André), desejo (e garanto que tudo farei) para que os desejos dele se realizem, na medida do possível, com a ajuda e as limitações de um pai que está a mais de 1500 Kms de distância, mas que sente todos os dias que lhe faz falta, e a quem falta "qualquer coisa" tão importante como um filho, que não pode nem é substituído por outro. O Gabriel e o André são dois homenzinhos com um futuro formidável pela frente. Na relação entre homem e mulher, acredito na máxima "longe da vista, longe do coração". Na relação entre pai e filho, nem pouco mais ou menos.
Farto de lamechices, não digo mais nada.
Vamos ser optimistas? Eu vou. Eu sou. E quero continuar a ser.

sexta-feira, 22 de dezembro de 2006

Há dias..

... em que evitamos falar em assuntos que nos incomodam sobremaneira. Evitei falar na morte (sim, morte, nada de "desaparecimento" ou coisa do género) do José Sousa (um SIR à face da terra) porque me incomodou imenso. Sou uma "besta malcriada". Essa é pelo menos a fama que tenho perante certas pessoas. Não é disso que aqui falo (agora).
Morreu a Leonor Colaço.
Da TSF.
Não a conheci pessoalmente. Ouvi-a "n" vezes. Era uma voz familiar. Como muitas outras que considero colegas de trabalho, embora não as conheça pessoalmente.
Enquanto fui correspndente da RDP Açores aconteceu o mesmo. Falei durante anos (sim, anos) com pessoas que não conhecia pessoalmente e cultivei amizades que ainda hoje mantenho, nem que seja ao nível da consideração que tenho por certas pessoas que lá trabalham.
Há gente neste mundo que não sabe o que vale. Outros existem porém, que sabendo o que não valem, fazem-se passar por "obras de arte".
Há que saber viver com isso.
E perante tais "exemplos", o melhor é mesmo sorrir.
Conheço nesta terra uma mulher, "colega" (quem sou eu para me considerar colega dela), amiga (não só minha, de todos os colegas) que sabe sorrir e "contaminar" quem está por perto, independentemetne de todas as contrariedades que lhe tem surgido pela frente.
No fim de contas, cada um sabe de si. E cada um "gere" as emoções e enfrenta as tais contrariedades como sabe, pode ou consegue gerir.
Eu conheço um exemplo nesta terra. Um excelente exemplo. Dou-me por feliz por isso.

quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

Álcool

(este texto foi escrito (por mim) há meia dúzia de anos e foi-me enviado por um amigo meu, proprietário do computador onde repousava, qual whisky ou porto velho, em cascos de carvalho, para não dizer outra coisa. Este blog é meu. Venha quem vier, apareça quem quiser e quem aqui se sentir bem).

Somos todos muit’a bons, trá lá lá.


Ou

You just don’t get it, do you?



Some men see things as they are and ask why,
I dream of things that never were and say why not.

(Robert Kennedy)

It’s all the same fucking day, men!”
(Janis Joplin’s)

Pruridos
Tive em tempos a certeza e a glória de meter na cabeça que não sabia escrever informaticamente falando, quando se tratava de expor ideias e não histórias, peças jornalísticas e reportagens inquietantes. No computador, só trabalho, só transcrições, notícias e afins.

Infelizmente só há pouco tempo decidi que estava estupidamente enganado, somando a todas as outras “estupidezes” cometidas. Holly Shit!

Try just a little bit harder
(Joplin’s ,quem mais)


Diz-se que está tudo escrito. É mentira. Diz-se que tudo está pensado. Verdade. Ou consequência, vá-se lá saber.
Ponham no papel. Força, se são capazes.
“Maior justiça social, mais para os que têm menos, etc., etc., etc.”.
Boa.
“Palavras, leva-as o vento”. Leva nada. O vento, a única coisa que consegue levar é o nosso mau cheiro, para mais longe. Até cheirarmos mal em tudo quanto é canto.
“Vamos ser sérios!”, “você não está a ser sério!”, “seja sério!”, “não falo com gente que não consegue ser séria!”.
Palavras, come-as quem quer. “De intenções, está o inferno cheio”.
E a terra, não? E nós, também não? Mas ainda há alguém à face da terra que não esteja farto e cheio e farto e redondamente obeso de intenções? Quantos são? Venham eles, que eu não tenho medo!
Calem-se as bestas, a partir de hoje é proibido ter somente intenções, apenas ideias.
Força, é preciso é força, é preciso, tal como já dizia o célebre outro, “arregaçar as mangas” e fazer alguma coisa pela vida. Mas fazer a sério. Da boca para fora, estamos todos saciados, aliás, só nos apetece é vomitar. Não há pança que aguente mais.
Mas há alguém que trabalhe única e exclusivamente em prol dos outros? Pois, só dá é vontade de rir. E sabem porquê? Porque são tão poucos que só nos parecem é anormais. Anormalóides, broncos, interesseiros (ora bem) e por aí além.
Como somos todos muito espertos e temos a mania que, a nós, ninguém nos leva! (nem cala), desconfiamos de todos quantos não nos querem mesmo levar, pelo menos à descarada.
Porque afinal, não há mal nenhum em ser levado, se ao menos soubermos que o estamos a ser. Sim, porque eu sou levado, mas ninguém pense que não estou farto de saber que sou! Ouviram? Não? Tanto faz.
As praias só devem ser limpas se eu tiver oportunidade de dizer que fui eu que as limpei. Senão não interessa. As coisas só devem estar mal se for eu o primeiro a dizer que está tudo mal. Senão, também não interessa.
Só posso ignorar tudo o que até agora se passou, se for eu a dizer que, a partir de amanhã, vou fazer melhor do que alguma vez existiu.
Mandem o partido à fava (ou à pevide, tanto faz) e façam algum pela vida. Pela vida de todos, se todos quiserem. Se não quiserem, pois sim, façam-no à mesma. E vão ver que em vez de terem tanto que falar, vão ter muito mais com que se orgulhar.

terça-feira, 19 de dezembro de 2006

Uma tonelada de cinismo em 9% de aumento

O tabaco vai aumentar 9%, já a partir de Janeiro.
O tabaco devia aumentar para 4 ou 5 Euros de vez, mas apenas se o governo (não tem a ver com este especificamente, mas é este que cá está agora) da república tivesse tomates para de uma vez por todas, comparticipar os "tratamentos" para deixar de fumar.
Se não os tem, peçam-nos emprestados.

Isto anda...

... estranho, chato, amorfo, enfadonho. Pode (deve) ser da época, propícia à enfadonhice, realmente.

terça-feira, 12 de dezembro de 2006

Uns e Outros

Transcrevo aqui na integra, com honrosa vénia e sem a devida autorização (processa-me, Zé!) um post (com o qual concordo em pleno) acerca das exigências que os sindicatos de professores têm vindo a fazer, e da polémica em torno de uma carreira que muitas vezes é mal compreendida, mas muitas vezes também se perde entre professores e candidatos a tal profissão.

"OS OUTROS
Na sequência do que ontem escrevi sobre professores e candidatos a professores, considero ser de clarificar mais um pouco a minha reflexão.
Depois do 25 de Abril, com o alargamento da escolaridade básica e do assumir a consciência por muitos de que saber mais, corresponderia a melhores oportunidades, as escolas receberam milhares de novos alunos tornando manifestamente insuficientes o número de docentes existentes com alguma preparação científica e pedagógica. Por outro lado o número de licenciados e de bacharéis existentes no mercado, também era manifestamente insuficiente para acudir ás necessidades das Escolas e para as necessidades gerais do país que pretendia dar um salto a caminho da Europa.
Recorreu-se então a jovens universitários fosse qual fosse o seu grau de escolaridade e, quando mesmo estes se tornaram poucos, recorreu-se aos que tinham no mínimo o 7º ano liceal e depois, o 11º ano de escolaridade.
Sendo que a Matemática e o Português eram comuns a todos os anos de escolaridade e sempre foram disciplinas pouco acarinhadas aqui aconteceu o que nunca deveria ter acontecido. Receberam em maior número pessoas sem preparação académica, pedagógica e didáctica do que em quaisquer outras disciplinas.
Não foi por isso no entanto que não começaram logo a surgir inúmeras reivindicações no sentido de criar ao Ministério da Educação responsabilidades de ligações contratuais, a estes funcionários temporários que supriram faltas de docentes no sistema. Eram contratados por um ano lectivo, o Ministério da Educação pagava-lhes por isso e aí deveriam ficar as relações de trabalho.
Mas começou por se criar no espírito das pessoas a ideia de que se tinham trabalhado como professores, eram professores, logo teriam de ser respeitados como tal. É a época em que o slogan "A trabalho igual salário igual" foi gritado tanto, que a mentira mil vezes repetida se tornou verdade.
Professores são aqueles que, com formação científica, pedagógica e didáctica, por meio de um conjunto de regras chegam ao patamar em que o Ministério com eles assume um vinculo contratual definitivo.
O facto de uma pessoa tirar uma licenciatura para poder vir a trabalhar como docente, não o torna docente automaticamente. Torna-o candidato a docente. No fundo é o mesmo que qualquer licenciado que tira uma formação académica qualquer.
Seria óptimo que quem se licencia ficasse com emprego garantido. Mas não é assim que as coisas funcionam em nenhum país do mundo.
Cumpriria aos Sindicatos em particular e aos professores em geral desmistificar este raciocínio quando ano após ano se afirma que ficaram milhares de professores no desemporego. Não ficaram nada. Com aqueles que são efectivamente professores não há desemprego.
Cumpre a todos os que têm um vínculo contratual com o Ministério e aos seus representantes legítimos, melhorar os graus de exigência nas escolas. Por mais que exista o recurso a gente fora do sistema para cobrir eventuais faltas, isso não dá a ninguém mais qualquer garantia do que auilo para que foi contratado.
Pode não se considerar com as regras. Mas enquanto elas assim forem, terão de ser cumpridas.
Não digo que ao longo dos anos não se tenha recorrido a pessoas dignas, voluntariosas e capazes. Mas foram contratadas só para aquilo. Para não mais.
Se os sindicatos não fossem tão imobilistas e conservadores, há muito que tinham desmontado estas meias verdades que capeiam nos órgãos de comunicação social como se fossem factos assumidos.
Julgo que se todos começarmos a olhar para o ensino com um grau de exigência maior, assumindo que rigor e produtividade não são só indíces de qualidade para as empresas, talvez os nossos alunos possam começar a surgir no mercado de trabalho com melhores saberes e capacidades, tornando-nos finalmente um país europeu."

Como se fossem necessários pretextos...

Cada um sabe de si. Depois do salto colectivo, já cá faltava o orgasmo colectivo.
Paz na terra, com ou sem orgasmo.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

Sorrisos, procuram-se

Anda para aí (deve andar perdido) um spot publicitário que diz qualquer coisa como isto: "Comércio tradicional: uma loja em cada esquina, um sorriso em cada loja".
Estou seriamente tentado a pedir por mail à Câmara de Comércio que me envie a lista de lojas do comércio tradicional onde nesta terra, se atende os clientes com um sorriso e a devida simpatia.
Sim, porque já entrei em muitas e até hoje, contam-se pelos dedos de uma mão, aquelas onde a simpatia (e o tal sorriso) estava presente.

domingo, 3 de dezembro de 2006

Estranhamente...

...as actualizações do Zirigunfo deixaram de constar do Planeta Açores.
Resta esclarecer que não pedi para entrar, nem pedi para sair de lá.
Contactado há já alguns dias o administrador do site, pelo mail disponível na página, até hoje não recebi resposta.
Através desta posta manifesto a minha estranheza perante tal facto.

sexta-feira, 1 de dezembro de 2006

Quem sou eu?

Para onde vou? O que faço aqui?
São tudo perguntas que se atribuem por norma aos doidos e aos malucos (sim, porque entre ser doido e ser maluco vai uma diferença quase abismal).
Mas são perguntas que deviam surgir a todos nós. É pena que assim não seja.
Cada vez mais me convenço que há muita (boa?) gente que não faz a mínima ideia o que anda a fazer neste mundo.

1ª Confissão

Confesso: ainda hoje ouço "Enigma". E gosto.
(não são de esperar muitas confissões, ok?)